A ideia de masculinidade que vemos como dominante nos dias atuais foi socialmente construída sob o modelo patriarcal que determina que os homens não devem mostrar vulnerabilidades de qualquer tipo. Não devem demonstrar sentimentos nem passividade, e devem estar em posição de dominação. Também agir como se danos psíquicos e emocionais não os atingissem.
Isso é possível? Não, sabemos que a realidade não é essa.
Segundo dados do SUS, os homens não usam com regularidade os Serviços de Saúde, apenas buscam ajuda quando já existe algum agravo de saúde instalado.
Segundo dados do SUS, os homens não usam com regularidade os Serviços de Saúde, apenas buscam ajuda quando já existe algum agravo de saúde instalado.
Quando se trata de cuidar da saúde mental, a situação fica bem mais preocupante, porque esse ambiente sociocultural que reproduz a superioridade masculina acaba prejudicando o homem, pelas pressões provocadas e pela inadequação a esse modelo, que geram sofrimento psíquico.
Muitos desses homens não conseguem admitir que estão sob o domínio dessas variáveis, tanto no trabalho e na sociedade quanto em seus relacionamentos afetivos.
E quando se trata de relacionamentos afetivos a situação é bem mais preocupante, pois vemos índices cada vez mais altos de violência doméstica.
O homem precisa cuidar da sua saúde mental e precisa problematizar a construção social que nos trouxe até esses índices...
Enxergar-se como um ser humano, e seres humanos devem se respeitar mutuamente para construírem um futuro melhor... respeitar nossas construções singulares, independente das particularidades, dos desejos afetivos ou do papel social que exercem...
Neste Novembro Azul vamos conversar com os homens sobre “Saúde Mental e Masculinidades”... vamos questionar a partir das ações do dia a dia, como nossas relações estão sendo construídas?
Preocupar-se com os outros não te faz menos homem, muito pelo contrário! Construir relações mais saudáveis também é autocuidado.
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